Procurando garantir um combate eficaz à vespa das galhas do castanheiro, uma das pragas mais prejudiciais para os castanheiros em todo o mundo, e combatendo de forma precoce esta praga, o Município de Boticas tem estado em permanente contacto com os agricultores do concelho no sentido de identificar possíveis focos de infestação, promovendo visitas regulares, em conjunto com técnicos da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), a povoamentos de castanheiros no concelho, tendo já sido encontrados alguns casos de árvores infestadas.
Para evitar o alastrar desta praga, que ataca as folhas da árvore, provocando a redução do crescimento dos ramos, o desenvolvimento de frutos (o que faz diminuir drasticamente a produção e a qualidade da castanha) e que pode mesmo matar a árvore, a autarquia irá intensificar as acções de prevenção e sensibilização junto da população, pedindo aos agricultores que comuniquem quando detectarem uma árvore infestada. Ao mesmo tempo, está já em preparação, contando com a colaboração da REFCAST (Associação Portuguesa da Castanha), a largada, junto a áreas infestadas, de parasitas que podem eliminar esta praga. Trata-se dos parasitas “Torymus sinensis”, insetos que se alimentam das larvas que estão nas árvores e são capazes de exterminar a vespa. Estes parasitas, que estão a ser utilizados um pouco por todo o mundo, são considerados como o combate mais eficaz, não causando qualquer impacto em termos ambientais nem na biodiversidade, já que apenas atacam as larvas da vespa do castanheiro, sendo completamente seguros para as abelhas e outros insectos.
O Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, garante que “o Município de Boticas está atento à evolução desta praga e apostado em debelá-la o mais rapidamente possível, até porque apesar da produção de castanha não ter um peso económico muito significativo no concelho é muito importante na região e se combatermos rapidamente esta praga garantimos que ela não irá alastrar para concelhos vizinhos, procurando reduzir os prejuízos dos agricultores da região”.