Na passada segunda-feira, dia 4 de maio, realizou-se em Boticas uma reunião/sessão de esclarecimento sobre a vespa das galhas do castanheiro, uma praga que coloca em causa a normal produção de castanha e cujos primeiros focos de infestação foram recentemente detetados em Trás-os-Montes nas novas plantações, feitas durante o inverno de 2014/2015, com castanheiros híbridos importados.
Esta acção, promovida conjuntamente pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte e pela RefCast – Associação Portuguesa da Castanha, contando com a colaboração da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e Instituto Politécnico de Bragança (IPB) dirigiu-se, sobretudo, aos Presidentes das Juntas de Freguesia do Concelho e às associações com responsabilidades ao nível da agricultura e florestas, casos da Cooperativa Agrícola de Boticas e dos Conselhos Diretivos dos Baldios.
No decorrer desta reunião foi apresentado o Plano de Emergência para fazer face a este novo problema de infestação, alertando para a necessidade de haver uma maior preocupação com as novas plantações e replantações, sensibilizando os produtores para a necessidade de visitarem estes castanheiros e os limparem (cortarem os ramos novos), porque com muito forte probabilidade estão contaminados e desta forma poderão contaminar toda a região.
Há apenas um mês (até final de Maio) para atuar antes de as novas vespas começarem a voar e a contaminar outros castanheiros. E evitar catástrofes como a de Carrazedo de Montenegro, onde foram identificados focos de Vespa das Galhas do Castanheiro, e que poderá fazer cair a produção de castanha até 70% nos próximos três anos, caso a praga que está afetar as árvores não seja combatida rapidamente.