O átrio dos Paços do Concelho acolhe, até ao próximo dia 15 de Maio, a exposição “O Brinquedo Através do Tempo”, uma mostra que pretende reavivar recordações de infância e ajudar a compreender a evolução sentida ao nível da construção do brinquedo português, representando o espólio patente, pertença da colecção particular do professor Rui Queirós, residente em Chaves, uma parte importante do nosso passado.
Na abertura da exposição, realizada no passado dia 16 de abril, Rui Queirós lembrou que “esta mostra não se destina apenas às crianças, já que a infância passa, mas os brinquedos ficam e, mesmo quando já adultos, estes objetos conseguem sempre fazer-nos regressar à meninice. Em simultâneo, ao conhecermos os brinquedos, músicas, usos e costumes tradicionais, estamos também a compreender a cultura de um povo, a sua forma de pensar e de agir.”
Por isso mesmo, mais do que a história do brinquedo português, esta exposição reflete também um pouco da história do nosso país e da evolução da própria indústria associada à produção dos brinquedos nas primeiras décadas do século XX, sendo quase todos eles peças manufaturadas e, por isso, únicas, e demonstrando também um claro reaproveitamento de materiais, em particular da folha de chapa, primeiramente utilizada no fabrico de outros objetos, tais como latas de sardinhas em conserva, e só depois reaproveitada para o fabrico dos brinquedos, dada a escassez de matéria prima disponível e tendo em conta que os brinquedos não eram considerados um objeto de primeira necessidade.
O Presidente da Câmara, Fernando Queiroga, referiu-se a esta exposição como “um belíssimo exemplo de como através de objetos como os brinquedos podemos contar um pouco da história do nosso país, de uma forma atrativa para os mais novos e com tanta saudade para os mais velhos. Esta mostra reúne belíssimos exemplares que vale a pena ver, já que muitos deles são verdadeiramente únicos e reveladores do engenho no reaproveitar de materiais e de lhes dar uma nova vida e um novo uso”.