O período de consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da Mina do Barroso, que começou a 22 de abril e estava inicialmente previsto até ao dia 2 de junho, foi prorrogado por mais 30 dias úteis, até 16 de julho, segundo comunicação enviada ao Município de Boticas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Este prolongamento do prazo de consulta pública vai ao encontro do pedido feito pelo presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, que se manifestou desde o início contra o prazo inicial tão reduzido para “analisar tantos documentos e documentos tão técnicos e confusos”.
“Ficamos satisfeitos, porque esta prorrogação dá-nos mais 30 dias para analisar a documentação e porque queremos fazer uma contestação bem fundamentada. Cada vez que lemos mais documentos mais convencidos ficamos de que a razão está do nosso lado”, sublinha.
Fernando Queiroga considera ainda ser “humanamente impossível analisar os documentos todos no período inicialmente previsto”, referindo que “agora já é possível, com mais pormenor, decompor e contestar este EIA”.
O presidente da Câmara reafirma que o EIA “tem muitas inverdades, tem dados incorretos e não contempla estudos e dados fundamentais”, nomeadamente “os caudais que vão prejudicar até a produção de energia hídrica dos seis municípios” do Alto Tâmega, bem como a “questão do atravessamento das vias municipais” e o impacte resultante do aumento de tráfego pesado. “São questões que não são tidas em conta”, refere.
No âmbito da consulta pública já foram submetidas, até ao momento, 63 participações via Portal Participa.