Feira Gastronómica juntou 50 mil visitantes à volta do Porco
BOTICAS, 2011-01-20 16:34:55


As mesas das “tasquinhas” voltaram a encher-se na 13ª Feira Gastronómica do Porco de Boticas. As vendas de fumeiro corresponderam às expectativas e a RTP alargou “a exposição gastronómica” ao país inteiro e ao mundo ao mostrar os sabores e saberes dos produtores do Barroso na televisão, tendo transmitindo em directo desde a XIII Feira Gastronómica do Porco o “Programa das Festas” de sábado à tarde, num total de 3 horas de emissão.

O fumeiro exibido nos stands do Pavilhão Multiusos deram o mote da 13ª Feira Gastronómica do Porco. Os preços não aumentaram, os visitantes rondaram os 50 mil e as vendas foram boas, apesar de, como vários produtores referiram, “os visitantes já não levarem tantos enchidos ‘ao quilo’, como antigamente, mas apenas um ou dois salpicões para provar o fumeiro.

Neste cenário, o presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Campos, manifestou que o receio de quebra de vendas se esfumou ao verificar, em contacto com os produtores, que “o ritmo inicial de vendas não deixou o dos anos anteriores a grande distância”. Dado a recessão económica que o país atravessa, “tinham que compreender a situação actual de crise e não especular. Sabem que não vale a pena enganar ninguém”, considerou o autarca.

Este ano, a gastronomia de Boticas chegou aos ecrãs de televisão de todos os portugueses durante a tarde de sábado, 15 de Janeiro, com a transmição em directo do “Programa das Festas” no canal de televisão pública RTP, que deu voz e imagem aos produtos locais e gentes da terra. Os apresentadores do programa entrevistaram os produtores de fumeiro, foram às cozinhas desvendar os segredos dos pratos barrosões, desafiaram os donos da restauração local a “meter água na boca” ao telespectadores de Portugal e deram palco aos ranchos e grupos de música popular local.

Foi precisamente através da RTP que Maria dos Prazeres Gomes, emigrante em França, soube da Feira do Porco de Boticas e decidiu visitá-la pela primeira vez. “Já comprei muita coisa. Linguiça, salpicão, chouriça, folar... é tudo muito bom! Vou cá voltar”, garantiu. Já Maria de Fátima Teixeira Casas, secretária da Junta de Freguesia de Boticas, que não falha nenhuma edição, achou a feira “muito bem ornamentada e mais bonita”, pois era notável um esforço na decoração dos stands, entre eles muitos exibindo cabeças de porco”.

Orçamento do certame sofreu cortes, mas “modelo está consolidado”

“É uma grande satisfação ver como neste território conseguimos sobreviver”, disse Fernando Campos, na abertura do certame, na sexta-feira, 14 de Janeiro, acrescentando que “as dificuldades não são coisas que nos façam desistir”. Este ano, a própria organização da Feira do Porco sofreu cortes orçamentais, nomeadamente na publicidade. “Não faria sentido estarmos a cortar em tudo para dar apoios sociais àqueles que têm necessidades e não tivessemos também uma postura semelhante e equilibrada equiparada a essa”, justificou o autarca. Contudo, “já não temos necessidade de fazer tanta publicidade, nem grandes alterações, além de melhorias pontuais porque o modelo está consolidado e tem resultado”, considerou Fernando Campos.

Além de autarcas e representantes de todos os municípios do Alto Tâmega, bem como do Governador Civil de Vila Real, Alexandre Chaves, o presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, visitou pela primeira vez a Feira do Porco de Boticas. O autarca algarvio ouvia falar “com muita nostalgia e afecto” de Boticas pelo seu vice-presidente José Carlos Barros, natural da vila barrosã, o que lhe despertou curiosidade em conhecer a terra. “Isto é uma nota que vou levar para os restaurantes de Vila Real de Sto António porque às vezes compramos carnes fora do país sem necessidade nenhuma! Temos das melhores carnes do mundo! Ensinaram-me que a barrosã até se corta com uma colher!”, comentou.

De resto, mais uma vez ficou assente a complementaridade e solidariedade entre as feiras de fumeiro da região do Alto Tãmega. Mesmo com “filosofias diferentes”, “todos estamos interessados em que as coisas corram bem em todo o lado” porque esta é a época em que os “produtos estão bons”, destacou Fernando Campos. “É preciso que ajamos todos em nome de um território mais vasto”, confirmou o vice-presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, que apontou a Feira de Boticas como “uma realização eivada de sucesso”, sublinhando que “o que está hoje patente é Barroso no seu melhor” e os produtores têm que aproveitar o esforço dos municípios na divulgação dos eventos. Em Boticas, a degustação dos produtos na hora é o pormenor que faz a (grande) diferença.

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