O Salão Nobre da Câmara Municipal de Boticas recebeu esta segunda-feira, dia 13 de fevereiro, a Conferência “Os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) no Alto Tâmega e Barroso”, organizada pela Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT).
O encontro, que contou com a presença dos seis autarcas do Alto Tâmega, de entidades políticas, civis e militares, de empresários e agentes turísticos da região e ainda de cerca de uma centena de participantes, teve como premissa dar a conhecer a aplicabilidade dos FEEI, no sentido de melhorar a sua perceção e incentivar mais cidadãos e empresas a recorrerem aos fundos europeus do próximo Programa Operacional (PO) 2030.
O Presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Queiroga, anfitrião do colóquio, deu as boas-vindas às entidades e participantes, evidenciando “a elevada mobilização para a iniciativa”.
O autarca realçou ainda na sua intervenção “a importância dos apoios comunitários para o desenvolvimento e crescimento do território”, lamentando, contudo, “as desigualdades que ainda existem ao nível de distribuição dos financiamentos comparativamente com outras regiões do país”.
A sessão de abertura ficou a cargo do Presidente da CIMAT e também Presidente da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, que fez uma contextualização sobre o objetivo da conferência, do projeto que a originou, bem como de todo o trabalho que já foi desenvolvido, nomeadamente, a realização de seis vídeos, um por município, em que cada um deles contempla uma obra pública e uma privada com maior representatividade no que toca à captação de apoios financeiros para a região.
A apresentação daquela que foi a execução do Portugal 2020, assim como de alguns dos projetos mais relevantes de entidades (públicas e privadas) da região que recorreram ao apoio dos FEEI coube ao Primeiro Secretário Executivo da CIMAT, Ramiro Gonçalves, que perante sala cheia, lamentou o facto do Alto Tâmega e Barroso não ter sido contemplado com uma maior alocação de verbas, comparativamente com outras regiões com características demográficas idênticas, esperando que o novo quadro comunitário de apoio possa alterar este historial.
Ramiro Gonçalves vincou, ainda, “a importância de reforçar a capacitação dos atores locais no que diz respeito aos Fundos Europeus”, acreditando ser um fator chave na captação destes investimentos para a região.
Por sua vez, o vogal da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Humberto Cerqueira, deu a conhecer as linhas gerais da estratégia 2030 e as expetativas relativas ao próximo quadro comunitário de apoio.