Foi no passado sábado, dia 24 de janeiro, na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, em Lisboa, que o Grupo de Teatro Fórum Boticas, voltou a deliciar todos quantos ali se deslocaram. A plateia estava a abarrotar, não só de conterrâneos residentes na região de Lisboa, que ali ocorreram para passar um serão divertido, mas também de muitos curiosos, que não deram o seu tempo por mal empregue. Tratava-se da primeira atuação fora de Boticas, depois da estreia no passado dia 7 de novembro de 2014. O autor da peça, José Carlos Barros, deslocou-se do Algarve, conjuntamente com familiares e amigos, propositadamente, para assistir à apresentação da peça, como já tinha feito novembro, em Boticas. De fato, “CARAI, VALHA-ME DEUS”, trata-se de um texto divertidíssimo que situa a sua ação, precisamente, em Boticas, terra onde o seu autor nasceu há 51 anos. Esta comédia gira à volta do dinheirinho que vem da Europa, do uso que dele é feito e dos logros que arrasta em termos económicos e sociais. É um espetáculo repleto de imbróglios, à mistura com muitas ilusões, que é alinhado por um apresentador azarento e comentado por alguém que nem é para ali chamado, a Mulher-Que-Faz-Renda. A linguagem é tirada ao natural, isto é, usa o vernáculo Português falado nas terras do Barroso.
Com esta peça, o Grupo de Teatro Fórum Boticas, que pertence à Fórum Boticas – Associação Recreativa e Cultural, atinge as dez peças já representadas.
Em agenda estão já mais representações na região e no país, provando que o Grupo de Teatro Fórum Boticas veio para representar e durar.
Ficha Técnica:
Atores: Damásio Silva, Filipa Sacras, Graça Inácio, Lúcia Moreno, Maria de Deus Barroso, Marina Pereira, Miguel Moreno, Paula Mota, Paulo Pires, Ricardo Pereira, Sandra Pereira e Zélia Domingues
Cenários e figurinos: André Graça Gomes
Soluções técnicas: Paulo Pires
Sonoplastia: Miguel Moreno e Pedro Inácio
Encenação: Hermínio Chaves Fernandes
TEATRO FÓRUM BOTICAS
O Teatro Fórum Boticas nasceu em 2008, no seio da Fórum Boticas – Associação Recreativa e Cultural com o espetáculo “Avarias”, construído a partir de textos de Abel Neves, Alexandre O’Neill, José Carlos Dias e Miguel Torga. Desde aí apresentou “Sonho de uma Noite de Verão”, de William Shahespeare (2009), “O Inspetor Geral”, de Nikolai Gogol (2010), “Dona Rosinha, a Solteira”, de Federico Garcia Lorca (2011), “VIP-TB”, de José Carlos Dias, Anton Tchekov, José Régio e António Gedeão (2012), “Além as Estrelas” são a “Nossa Casa”, de Abel Neves (2013) e “Só Visto”, de José Moreno Arenas (2013). Tem em cena, “Carai Valha-me Deus”, de José Carlos Barros, escritor nascido em Boticas. Pelo meio apresentou ainda duas peças infantis no âmbito da Semana da Leitura de Boticas: “A História de um Dentinho que não se lavava”, adaptação de um texto livre e uma peça composta por dois contos: Os Doze Irmãos (conto tradicional da Republica Checa) e o Caçador de Borboletas, de José Eduardo Agualusa.
A principal preocupação deste coletivo amador tem sido a de apresentar textos de qualidade, tenham eles autores clássicos ou contemporâneos, desde que os mesmos se lhes afigurem interessantes de conteúdo e simultaneamente capazes de divertir públicos pouco habituados a ver teatro.
Além de Boticas, o TFB já atuou em Lisboa, Porto, Chaves, Espinho, Braga, Montalegre, Pinhão, nalguns destes locais, mais do que uma vez.