No passado dia 27 de Setembro, o Poeta José Gomes Ferreira Veiga, natural e residente da Freguesia de Codessoso, carinhosamente conhecido como o Poeta Pastor, ofereceu um quadro com dois poemas seus, aos Bombeiros Voluntários de Boticas.
Nesta singela, mas muito sentida homenagem aos soldados da paz, José veiga enaltece o trabalho, abnegação e coragem dos bombeiros, que arriscam a sua própria vida para salvar a do seu semelhante.
Assim, e num gesto simples mas cheio de significado, o poeta ofereceu, aos Bombeiros de Boticas, na pessoa do Presidente da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Boticas, Fernando Queiroga e na presença do Comandante Arnaldo Machado e de vários bombeiros daquela corporação, uma moldura simples cujo conteúdo são dois poemas em homenagem e agradecimento a todos os bombeiros.
Este quadro ficará colocado na sala de memórias do quartel dos bombeiros de Boticas, entre outras lembranças e troféus, perpetuando assim, não só dois poemas da já vasta obra de José Veiga, mas sobretudo, como forma de homenagem e reconhecimento a todos os Bombeiros do país e do mundo.
Parabéns a todos os Bombeiros e um bem-haja a José Veiga por personificar e materializar uma homenagem que certamente muitos Botiquenses e muitos cidadãos do mundo partilharão como um sentido reconhecimento a todos os soldados da paz.
Homenagem ao Bombeiro |
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Obrigado Amigos
É dia de calmaria, As serras lá vão ardendo, As árvores tremem de medo, Porque o lume as vai queimando.
Cansados de trabalhar, Já sem forças p´ra lutar, O bombeiro arrisca a vida, Sem da sua se lembrar.
Quando à noite chega a casa, Não sabe as horas que são, Se o voltam a chamar, Ele vai, nunca diz não.
Triste vida de Bombeiro, Passa o tempo a trabalhar, Arriscando a sua vida, P´ró semelhante salvar.
Aqui vos deixo um abraço, Saúdo-vos do coração, Vós viveis cá neste mundo, Para nossa protecção. |
Soldado da Paz
Porque não lhe dás a mão, Para ele não cair, Hoje está velho e cansado, Não pode a escada subir!
Ali está ele sentado, Mas muito já trabalhou, Fez sempre tudo de graça, Nunca ninguém lhe pagou!
Este homem foi bombeiro, Tantas vidas ele salvou, Só Deus soube as suas mágoas, E os trabalhos que passou!
Uma casa estava a arder, Foge um para cada lado, Mas lá dentro ainda havia, Um menino abandonado!
Nesse tempo era novo, Estava no vigor da vida, Rompe pela porta dentro, E salva a criança querida!
Vinha todo chamuscado, Com os olhos a brilhar, Arriscou a sua vida, Para o menino salvar!
Estava todo contente, Por cumprir o seu dever, Hoje o menino é homem, Bem lhe pode agradecer! |
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José Gomes Ferreira Veiga – Codessoso – Boticas – Agosto de 2011 |