Decorreu no passado sábado, dia 29 de outubro, no Auditório do Centro Internacional de Serpa (no distrito de Beja), o Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses, onde marcou presença o Presidente da Câmara de Boticas e Presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Boticas, Fernando Queiroga, que ocupa também a função de vice-presidente da Mesa do Congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses.
A marcar a agenda de trabalhos daquele que é o principal órgão da Liga entre congressos esteve a discussão sobre a situação atual dos Bombeiros Portugueses, nomeadamente as dificuldades vividas por muitas corporações em virtude dos atrasos nos pagamentos às associações de bombeiros das despesas do Dispositivo de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) deste ano e da dívida de cerca de 25 milhões de euros dos hospitais, centros e unidades locais do Serviço Nacional de Saúde relativa ao transporte de doentes.
Perante este cenário e atendendo ainda a muitas outras reivindicações dos bombeiros, a Liga aprovou por unanimidade um documento com 15 propostas de revindicações a apresentar ao Governo, exigindo respostas concretas, objetivas e conclusivas em tempo útil, sob pena dos bombeiros portugueses poderem não responder às solicitações da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para integrarem os vários dispositivos operacionais articulados por estas duas instituições.
Entre as 15 propostas de revindicações destacam-se o pagamento atempado às associações de bombeiros do DECIF e dos serviços de saúde, bem como a necessidade de o Governo reequacionar o DECIF de 2017 e de melhorar as verbas a pagar aos bombeiros no âmbito daquele e de outros dispositivos especiais e o "total esclarecimento" do executivo sobre a reposição das viaturas de bombeiros perdidas em combates a incêndios em 2015 e 2016.
Na sua intervenção no decorrer do Conselho Nacional, Fernando Queiroga partilhou das reivindicações plasmadas no documento a apresentar ao Governo, lembrando que será útil debater o que se passou no DECIF 2016 para melhor preparar o DECIF 2017, apontando como exemplo o que aconteceu nos incêndios florestais do mês de Setembro no Concelho de Boticas para lembrar que é fundamental que alguns pormenores sejam corrigidos e efectuados alguns acertos para um combate mais eficaz e mais célere, na salvaguarda dos interesses e bens das populações. “Há pormenores que devem ser devidamente escalpelizados, porque podemos e devemos melhorar cada vez a eficácia no combate aos incêndios florestais”, sublinhou.