O Plano de Operações Distrital, no âmbito do Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR 2020), foi ontem apresentado, no decorrer de uma reunião da Comissão Distrital de Proteção Civil de Vila Real.
Este ano, segundo o presidente da comissão distrital e Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, vai ser necessário lidar com a “pandemia de covid-19 e os incêndios em simultâneo”, o que representa uma dificuldade acrescida. “Vamos ter de conviver com estas duas situações e é preciso prevenir”, sublinhou. Nesse sentido, foi feito um pedido aos agrupamentos dos centros de saúde do Alto Tâmega e do Douro I – Marão e Douro para que os bombeiros do distrito de Vila Real que vão integrar o dispositivo de combate a incêndios sejam testados à covid-19 a partir da próxima semana. No total, serão testados cerca de 200 bombeiros.
Esta é uma medida importante para o presidente, que lembrou que, “no caso de ser detetado um caso positivo num quartel, este terá de ser encerrado”, e, por isso, alertou também para a necessidade de haver equipas de retaguarda. “A segurança e a proteção dos operacionais tem de ser redobrada, não só por causa dos incêndios, mas também pelo perigo de contágio da covid-19”, salientou.
Durante a reunião foi também solicitado o rastreio aos sapadores florestais. Fernando Queiroga disse que o pedido nesse sentido será também feito aos ACES do distrito.
O autarca pediu ainda aos colegas presidentes de câmara para, quando for necessário, serem servidas refeições individuais aos operacionais no terreno.
A partir de sexta-feira, no designado nível reforçado II, o dispositivo no distrito será composto por um total de 574 elementos, 144 viaturas e dois helicópteros.
O maior reforço é garantido na fase de maior risco de incêndio, entre 01 de julho e 30 de setembro, com 754 operacionais, 183 veículos, estando nesse período já ativados quatro helicópteros espalhados pelos três meios aéreos do distrito.