O Presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Queiroga, participou ontem (dia 25 de junho), numa reunião da Comissão de Acompanhamento Ambiental do Sistema Eletroprodutor do Tâmega, realizada através de videoconferência.
Esta reunião permitiu dar a conhecer o ponto de situação dos trabalhos desenvolvidos até ao momento, bem como abordar a questão dos realojamentos das populações que irão ser afectadas com a construção das barragens, tanto pela de Daivões como pela do Alto Tâmega, sendo ainda abordada a calendarização dos trabalhos e apontadas as datas previsíveis para que as barragens, e em concreto a barragem de Daivões, localizada em Ribeira de Pena, possa começar a encher, recordando que este “enchimento” estava previsto para este mês (junho), mas só deverá acontecer no próximo mês de outubro, segundo informação prestada pela Iberdrola, responsável pela construção do Sistema Eletroprodutor do Tâmega.
O Presidente da Câmara interpelou ainda sobre a questão das travessias no rio Tâmega existentes no Concelho de Boticas (Veral e Sobradelo) que ficarão submersas com a barragem do Alto Tâmega, sendo necessária a sua reposição, “uma vez que representam pontos de passagem muito utilizados entre os Concelhos de Boticas e de Vila Pouca de Aguiar, e dos quais os dois municípios não abdicam”, mas sobre as mesmas ainda não foi dada uma resposta definitiva pela Iberdrola, aguardando-se que possa surgir rapidamente informação adicional.
Este é um dos maiores projetos hidroelétricos na Europa, nos últimos 25 anos, e representa um investimento de 1.500 milhões de euros. Os três aproveitamentos hidroelétricos que integram Sistema Eletroprodutor do Tâmega (Gouvães, Daivões e Alto Tâmega), totalizam uma potência de 1.158 megawatts (MW), alcançando uma produção anual de 1.760 gigawatts hora (GWh), cerca de 6% do consumo elétrico do país.