O edifício do PAVT – Parque Arqueológico do Vale do Terva, em Bobadela, será alvo de uma intervenção de mais de 100 mil euros, tendo em vista o aumento da eficiência energética. As obras vão permitir uma gestão de energia mais eficaz e sustentável, tendo em vista a produção de energia renovável para autoconsumo.
O PAVT é um projeto do Município de Boticas iniciado em 2006 em parceria com a Universidade do Minho, no âmbito do programa de “Conservação, Estudo, Valorização e Divulgação do Complexo Mineiro Antigo do Vale Superior do Rio Terva, Boticas”, que tem como objetivo promover a gestão integrada dos valores patrimoniais naturais e culturais do território, no sentido de conservar e valorizar este vasto património.
O Parque Arqueológico, que abrange uma área de 60 km2 do concelho de Boticas, integrando nesse território cinco aldeias (Ardãos, Bobadela, Nogueira, Sapelos e Sapiãos), é caraterizado pela vasta biodiversidade, potenciada pelo equilíbrio que as populações do vale do Terva têm conseguido manter em articulação com o ecossistema.
Através do Centro de Interpretação do PAVT, situado em Bobadela, os visitantes ficam a conhecer a geologia, a cobertura vegetal, a fauna e a flora, os monumentos arqueológicos, a história da ocupação do território, as suas aldeias e as suas tradições, facultando toda a informação que permite partir à descoberta da paisagem cultural do vale superior do rio Terva.
O edifício alvo de intervenção trata-se de um espaço importante para a preservação da história e cultura do concelho, com especial atenção para o complexo mineiro existente no território entre o sec. I e IV. A sua principal missão é a divulgação, o estudo e a conservação do Património natural e cultural do território de Boticas, em especial do vale superior do Rio Terva.
Esta intervenção, com financiamento no âmbito de uma candidatura aprovada ao Aviso n.º NORTE2030-2024-14 Eficiência energética na administração local e nas instituições particulares de solidariedade social (IT), tem como principal objetivo reduzir os consumos de energia do edifício e, consequentemente, dotar os diferentes espaços com condições de conforto térmico para os seus utilizadores, melhorarando as condições de utilização do espaço.
A obra tem um custo total de 117.425,07€, um investimento elegível de 94.423,09€, e é comparticipada pelo FEDER em 80.000,00€, correspondente a uma taxa de cofinanciamento de 84,73% do custo total elegível da operação.