O Presidente do Município de Boticas, Fernando Queiroga, participou na manhã desta quinta-feira, dia 12 de novembro, em representação da Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega (CIMAT), em mais uma reunião, por videoconferência, com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), onde foi feito um ponto de situação sobre a evolução da pandemia de Covid-19 no norte do país.
O constante aumento do número de novos casos na região norte e, inclusive, nos Concelhos que constituem o Alto Tâmega, continua a ser uma grande preocupação para a Autoridade Regional de Saúde.
Atendendo a esta situação, a ARS Norte mantém-se atenta ao evoluir da situação e reitera a necessidade de mudança de comportamentos e atitudes por parte de todos, cumprindo-se as normas indicadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), de forma a reduzir a propagação do vírus.
Na reunião foram ainda abordadas as origens dos contágios, concluindo-se que apenas em 20% dos casos confirmados de Covid-19 na região são conhecidas as cadeias de transmissão.
Por sua vez, Fernando Queiroga questionou a ARS Norte sobre os procedimentos necessários para a realização de testes rápidos, alertando para a demora no rastreamento das pessoas que estiveram em contacto com casos confirmados de Covid-19, situação em muito agravada pela incapacidade de resposta dos serviços de saúde, mais propriamente a falta de recursos humanos.
Os atrasos na comunicação dos dados às forças de segurança, nomeadamente PSP e GNR, para vigilância e controlo das pessoas em isolamento foi outra das preocupações colocadas pelo autarca à Autoridade Regional de Saúde.
“Nesta fase da pandemia, em que o número de casos continua a aumentar, é fundamental que a comunicação dos dados entre as autoridades de saúde e as entidades que fiscalizam sejam mais céleres para que se possa agir o quanto antes”, referiu o autarca.
Fernando Queiroga demonstrou ainda o seu desagrado quanto à incoerência por parte do Governo na implementação de medidas de combate à pandemia, nomeadamente a obrigatoriedade de recolher obrigatório imposta nos próximos dois fins de semana (dias 14/15 e 21/22 de novembro), o que determina o fecho antecipado de restaurantes e do comércio tradicional, sendo que as grandes superfícies podem manter a sua atividade sem restrições horárias.
Face a esta situação, o Presidente da Câmara de Boticas considera “as medidas desajustadas e prejudiciais para a economia local, contribuindo para agudizar ainda mais a crise financeira que afeta os pequenos negócios”.